19 de novembro de 2007

Bomba sódio e Potássio

A BOMBA DE SÓDIO E POTÁSSIO E O EQUILÍBRIO HÍDRICO CELULAR
Voltar
É difícil imaginar que unidades tão pequenas e complexas como o são as células sejam constituídas predominantemente por água, a ponto de armazenarem uma quantidade de componente hídrico correspondente a 40%-50% do peso corporal do homem. Diante de tal porcentagem de água existente em seu interior, a célula tem que dispor de sistemas que mantenham em equilíbrio essa quantidade, tendo, como princípio elementar de funcionamento, as relações das concentrações de íons e proteínas entre os meios extra e intracelular. As concentrações são mantidas graças às trocas iônicas e protéicas estabelecidas entre os meios internos e externos à célula, de tal modo que se mantenham as concentrações ideais de cada íon e proteína em cada meio. Como regra básica desse princípio, pode-se estabelecer que a passagem de água dá-se do meio menos concentrado para o mais concentrado, ou seja, de acordo com o gradiente osmótico - de íons - e oncótico - de proteínas.
A bomba de sódio e potássio é uma das estruturas pertencentes ao sistema de regulagem hidroeletrolítica da célula, sendo responsável, como o próprio nome diz, pela manutenção das concentrações iônicas do sódio e do potássio. A bomba localiza-se na membrana plasmática e depende de ATP para o transporte desses íons, principalmente do potássio, cujo trajeto vai contra um gradiente osmótico (o potássio é transferido do meio extracelular, onde é encontrado em pouca quantidade, para o interior da célula, que possui cerca de 30x mais potássio que o meio externo). Qualquer alteração nesses dois sistemas - ATP e membrana - pode comprometer o funcionamento dessa bomba.
Voltar

A QUÍMICA E O FUNCIONAMENTO DA BOMBA DE SÓDIO E POTÁSSIO
A bomba de sódio e potássio é uma ATPase, ou seja, catalisa a transformação da molécula de ATP em ADP. Esse processo é feito às custas da retirada de três íons da célula, ao mesmo tempo que entram na mesma dois íons potássio. A bomba consiste em uma proteína que atravessa a membrana em toda a sua espessura, ficando a molécula de ATP unida à sua parte interna, ou seja, dentro da célula. De acordo com a hipótese mais aceita sobre o funcionamento dessa bomba, os íons sódio, ligando-se a essa mesma extremidade, lisariam o ATP e mudariam a conformação estrutural dessa proteína, o que favoreceria a saída desse íon da célula; ao mesmo tempo, essa mudança estrutural da bomba forneceria sítios de ligação favoráveis ao potássio. A união de dois íons potássio seria o suficiente para reconformar a bomba à sua estrutura inicial, ao mesmo tempo que introduziria o potássio no interior celular. Assim, os níveis intracelulares de potássio seriam mantidos, fato essencial para o bom funcionamento do sistema celular.

Nenhum comentário: